Thursday, August 30, 2007

numa prece

então os dias passam mais lentos,
e tudo que se quer é dormir pra que chegue logo o amanhã.
esperança do dia nascer mais fácil,
do telefone tocar bem cedo.
do outro lado, numa voz rouca,
"bom dia".

Monday, August 27, 2007

Saturday, August 25, 2007

das cartas escritas

abre a carta,

"meu amor, desculpa. até nunca mais. beijos, tereza"

não entendia como tudo isso havia acontecido.

lembra como se fosse ontem o dia que acordaram juntos, cobertos de preguiça, planejando o almoço do domingo. conversas esparramadas no tapete.
se culpa por sempre esperar muito das pessoas, por fazer planos, sonhar e sorrir demais.[nunca gostou da alegria exagerada da maioria.]
agora, passa os dias vendo aquela foto, a única que têm juntos, do jantar, antes do amor.

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fecha a carta,

não acreditava no que dizia. lembra do sorriso dele, do dia que planejaram o almoço de domingo e acabaram pedindo pizza por telefone. a preguiça era grande, a noite tinha sido longa e tudo que queriam era sentar no chão, escorar no sofá e conversar.
se culpa por não se permitir, por ter medo, receio, ter feridas demais.
perdeu a única foto que tinham juntos.
melhor assim. achava.

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Wednesday, August 22, 2007

?



"Espera" / Revista Quarteirão Paulista
de Maurício Pierro

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Tuesday, August 21, 2007

das vontades.

tem dias em que eu posso escrever um poema por dia.

Sunday, August 12, 2007

sal e dean.

então você coloca uma mochila nas costas e sai pro mundo.
e tudo se torna pequeno demais. as ruas ficam mais estreitas, as paredes mais baixas, as pessoas menos chatas, os livros mais curtos.
a vontade de se mandar por aí é que cresce. você se torna cidadão do mundo, os limites foram desfeitos, o horizonte é cada vez mais laranja e azul e rosa e vermelho.

e você olha pro céu, fica se imaginando de lá de cima, perdido. e te garanto, nunca foi tão bom se perder. pisar num chão novo, dormir numa cama de lençóis beges (lençóis que você nunca compraria, mas que agora são os que existem por perto), um restaurante novo, mapa na mão, o sol gira diferente, os dias tem menos horas e as noites são longas e então você percebe que está longe de casa.

amizades passageiras, sentada ao seu lado durante 20 horas de viagem de ônibus se desfazem depois de 3 ou 4 dias, cada um vai em direção ao seu novo destino, quem sabe não se encontram na frente. ou não. na verdade não importa. aquelas pessoas são as mais maravilhosas do mundo e a amizade dura o tempo exato, sem chateação, cobranças ou desconfiança. é todo mundo no mesmo barco, buscando a liberdade, o conhecimento, experiências e algumas boas histórias pra contar na volta.

e a volta? tristeza coisa nenhuma. o mundo agora é seu. os muros caíram, as fronteiras nunca estiveram tão próximas, tão fáceis, tão... sabe?
é dormir pra despertar, se perder pra se achar. fim do ano tem mais. e agora, desde já, começam os sonhos, o planejamento, os roteiros, a corrida pra conseguir grana, os planos. viajar é assim, você curte o antes, o durante e o depois. não tem coisa melhor no mundo.

quem tá nessa comigo?

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[pra quem não sabe, passei o último mês mochilando pela argentina. o diário de viagem, que ainda está sendo escrito aos poucos, pode ser visto no www.lhamaloca.blogspot.com, assim como logo em breve, os preparativos pra próxima empreitada.]