Wednesday, February 28, 2007

1, 2, 3, 4, 5...

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eu juro que tô ficando doido.

raso



eu tenho sido um poço de pouca vontade.

possuo desejos.
dois, na verdade.

Tuesday, February 27, 2007

Factotum




já saiu em são paulo o filme "factotum - sem destino", baseado no livro factotum do charles bukowski.
eu não li esse livro, mas o personagem hank chinaski, é o mesmo do livro mulheres.
é o alter-ego do velho safado. é exatamente assim que eu imagino o velho buck.
junkie de carteirinha, hank vai ser interpretado pelo matt dillon, que ficou a cara do bukowski, o jeito meio bruto, a barba, a forma de sentar e segurar o charuto.

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já combinei com o marcos,
cada um com seu copo de vodka no multiplex do iguatemi.
McVodka. rá!

Monday, February 26, 2007

novas regras da casa.

agora é assim,
cada post tem sua música.

antes de ler, dê play.
carrega rápido, prometo.

Sunday, February 25, 2007

vista da janela.



eu me lembro bem,
teu corpo ainda nu deslizando pra fora da cama, deixando o lençol no chão, se arrastando pra janela, puxando um cigarro da bolsa pendurada ao lado do banheiro.
décimo primeiro andar.
eu na cama, tu na janela, o farol dava sinais de atividade de forma repetitiva, só pra me lembrar que o tempo não tinha parado naquele momento. a fumaça, contra a luz que vinha lá debaixo, fazia desenhos que só eu poderia ver, do meu ângulo pelo menos.
o farol passa novamente. ilumina o quarto inteiro.
lembro que queria fumar também, só pra ter uma desculpa melhor pra sair da cama e ir pro teu lado, compartilhar a melancolia da janela, as histórias alheias vistas do topo, as confidências à luz da rua.

o farol passa novamente.
o tempo não parou. não para.

Friday, February 23, 2007

7 am.

e ela abria sempre um olho de cada vez,
esticava as pernas, ensaiava uma cãimbra.
sorria sempre que sentia vontade.
pro espelho, pro cachorro, pro rádio relógio,
sempre dava bom dia.
dormia de meias e calçava os chinelos de dedo,
andava se arrastando pela casa, procurando o que comer,
passando os dedos pela porta da geladeira,
pensa no paquera de ontem, dá uma risada baixa,
tinha corado, de vergonha.
coloca a unha entre os dentes, olha pela janela,
procura algo do lado de fora, olha para o céu,
pra copa das árvores e desvia o olhar do sol.
ouve um ruído do rádio da vizinha, é música sertaneja,
tem certeza.
olha o relógio, quinze pras oito.
dá passos ligeiros pro quarto, tira uma roupa clara do cabide,
coloca um batom rosa, pouco perfume e prende o cabelo.
- preciso pagar as minhas contas.
e sai de casa, sem olhar pra trás.

Wednesday, February 21, 2007

bom dia,

eu sempre quero dar o melhor "bom dia".

às vezes me adianto demais, e dou à meia noite.
[às vezes me atraso demais, e dou à meia noite.]

nem sempre a recíproca é verdadeira.

over and over



hot chip.

Friday, February 16, 2007

Dan Brown e outras mazelas

e Dan Brown está perto de lancar mais um novo livro: "The Solomon Key". Segunda o crítica o livro mais aguardado da história.

e eu não vejo graça nenhuma nesse cara.
tá, romance policial, bla bla bla.
igual a ele tem mais de mil.


vão ler Kerouak, Ginsberg, Dostoiévsky, Jonh Fante porra! leiam Fante! Charles Bukowski, Saramago, Albert Camus.
Leiam o livro do Sam Kasnher, "quando eu era o tal".

não alimentem o Dan.

joão hélio, depois...

precisamos de uma tragédia
pra classe média começar a sair na rua.

claro que depois todo mundo esquece,
até a próxima.

queremos paz?
me poupe. pedir paz é muito simplista. queremos comida, educação, dignidade,
queremos salários melhores, oportunidades.

paz é pouco.
paz é pra quem tem grana, pra quem tem o que comer. as pessoas deviam voltar às ruas mais vezes,
sem precisarmos sacrificar uma criança por isso.
sim, nós matamos joão hélio.

matamos sim. pelo descaso com que olhamos pro nosso país.
medo é a única coisa que sentimos com realção à pobreza.
classe média. média de pensamento, não dinheiro.

Tuesday, February 13, 2007

there is a light that never goes out.

Ele, ainda criança, já se interessava por versos e poemas. Adorava ouvir as rimas do avô e suspirava quando era dia de leitura de poesia na aula e aquele menina de cabelo castanho, baixinha, lia os poemas de Drummond. Era quarta série, ninguém entendia nada, que diabo de pedra era aquela que ele falava, onde era Itabira e não entendia como um poeta como ele podia se interessar por futebol.
Anos depois entendeu como a poesia e o futebol se encaixavam com perfeição, mas mesmo assim, nem sempre foi adepto de esportes. Só um pouco do futebol, por causa do Drummond.
Sempre foi muito acanhado, muito tímido. Desde pequeno escrevia seus versos, mas nunca os mostrou à ninguém. Nem pra mãe, que achava que o menino tinha problemas mentais, nem pra menininha de cabelo castanho da escola, por que fora apaixonado durante toda a quarta, quinta e sexta série, antes de ter que mudar de cidade.
Na outra cidade, continuou sem fazer amigos, nem sair de casa, mas continuou escrevendo seus textos falando de seus sentimentos, sentimentos que só ele sabia que tinha e ningué nunca entendia nada.
Em dois anos tinha um livro cheio de poemas, contos e textos.
Um dia, deitou na banheira, abraçado com seu caderno e a água vermelha misturou as palavras e pra ele, nesses instante, elas faziam muito mais sentido. palavras que nunca foram lidas por ninguém, nem nunca serão pois agora não existem mais.
era sua vida, porra.

--

dizem que reciclar é importante.
pois então pronto.

Monday, February 12, 2007

páginas.

ah, odeio lições de moral em novela das 8.

Friday, February 09, 2007

Erlend Øye


show do Erlend Øye dia 13, terça-feira, no teatro do dragão do mar aqui, em fortaleza.

cara, essa semana foi cruel, foi foda, mas vai valer cada minuto.
e o melhor de tudo é contar pra pessoas que o cara vai cantar aqui e todo mundo se mobilizar pra ajudar! Todo mundo quer divulgar, pregar cartaz, passar email de mail list, contar pros outros, postar em fotolog e blog... enfim, é muito bom isso.
a promoção desse show não é trabalho pra mim. não mesmo. é prazer. era o que eu precisava.

"You're waiting in the shadows for a chance
Because you believe at heart that if you can
Show to her what love is all about
She'll change"

Ainda acho muito louco isso tudo.

Tuesday, February 06, 2007

hora da aposta

"nuns dias somos cartas.
noutros, fichas."

m.m.

Monday, February 05, 2007

Me explica com que cara eu vou sair

"Ah, se ao te conhecer
Dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir

Não, acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir."

como quase sempre, as palavras me vem emprestadas.

eu quero,

eu preciso de perguntas,
nao de respostas.

Friday, February 02, 2007

espera,

não, por favor, não tenha medo.
segura a minha mão. não, não quer? tudo bem, eu fico aqui, com o cotovelo apoiado na mesa, te olhando e pensando nos dias que nunca passamos.
calma, senta, eu nem pude falar nada ainda. na tevê passa um filme repetido, aquele chato, daquele ator que nem eu nem você gostamos... pinta de galã. hum. sempre preferimos o woody allen, né? pequeno e esperto.

queria te levar naquele filme próxima semana, daquele outro ator que às vezes faz um filme que preste. (essa nossa idéia sempre critica é que nos mata)
queria te levar na roda gigante, subir lá no alto, no meio de todas as luzes, no ponto mais alto do parque, pegar na tua mão, olhar pro céu de poucas estrelas, cantarolar um samba canção baixinho enquanto procuro as palavras na bagunça de tudo que passa no meu coração.

assim, faz de conta que nada disso é pra ti.
na verdade, é só pra mim. e me faz bem.

Thursday, February 01, 2007

banksy


banksy, no muro que divide palestina e israel.

cada um tem seu muro.

furto.

ontem um bêbado me roubou dois cigarro

e todas as palavras da minha boca.