fico esperando pra ver até onde o amor dói.
numa esquina dois conversam, se entendem,
o café esfria, tem um momento de desequilíbrio e
um pouco salta do copo e molha o bilhete
recebido com tanto carinho, sorriso de lado e tudo mais.
fico esperando pra saber até quando o embrulho
vai insistir em morar na minha barriga
subir, se transformar numa bola de algodão
travar minha garganta a ponto de não sair
nem um bom dia, nem um “ai”.
fico esperando saber até onde eu aguento,
olhar pros lados, esperar que não venha nenhum carro
não poder atravessar a rua, pedir uma coca-cola
não saber desde já que vai estar gelada, sem limão
não acreditar que a noite vem depois do dia
repito o mantra.
o mantra que me lembra que o erro não foi meu, não foi.
como um amigo me ensinou.
e fico esperando que a chuva que vai cair ainda me molhe
que o dia venha depois da noite.
segunda-feira.
Tuesday, December 02, 2008
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2 comments:
ai ai, rapha... ai ai... o negócio é escutar vinícius e sinônimos, tentar um café, de preferencia quente, ou uma cerveja, e essa sim, que esteja bem gelada, e que desça esquentando e que a gente [s]esquente nos braços de outro, quem sabe seja bom, quem sabe a gente conversa (mas nao muito) sobre a vida e ver se vai passando. fazer algo inusitado sempre ajuda. no nosso caso tentar escrever a porra do tcc seria bem inusitado e produtivo. sei nao, rapha, sei nao... deveriamos ser menos sentimento? acho que nao...
"fico esperando pra ver até onde o amor dói". isso é simplesmente fenomenal. Perfeito! Adorei aqui. Abração.
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