Saturday, August 25, 2007

das cartas escritas

abre a carta,

"meu amor, desculpa. até nunca mais. beijos, tereza"

não entendia como tudo isso havia acontecido.

lembra como se fosse ontem o dia que acordaram juntos, cobertos de preguiça, planejando o almoço do domingo. conversas esparramadas no tapete.
se culpa por sempre esperar muito das pessoas, por fazer planos, sonhar e sorrir demais.[nunca gostou da alegria exagerada da maioria.]
agora, passa os dias vendo aquela foto, a única que têm juntos, do jantar, antes do amor.

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fecha a carta,

não acreditava no que dizia. lembra do sorriso dele, do dia que planejaram o almoço de domingo e acabaram pedindo pizza por telefone. a preguiça era grande, a noite tinha sido longa e tudo que queriam era sentar no chão, escorar no sofá e conversar.
se culpa por não se permitir, por ter medo, receio, ter feridas demais.
perdeu a única foto que tinham juntos.
melhor assim. achava.

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2 comments:

Anonymous said...

"tão bom viver dia a dia...
a vida, assim, jamais cansa...

viver tão só de momentos
como essas nuvens do céu...

e só ganhar, toda a vida,
inexperiência... esperança...

e a rosa louca dos ventos
presa à copa do chapéu.

nunca dês um nome a um rio:
sempre é outro rio a passar.

nada jamais continua,
tudo vai recomeçar!

e sem nenhuma lembrança
das outras vezes perdidas,
atiro a rosa do sonho
nas tuas mãos distraídas..."

Maíra said...

tão lindo